Visitando Machu Picchu, uma das experiências mais incríveis que já tive
Umas das viagens mais desejadas por muitos é conhecer Machu Picchu. Não é para menos, já que a chamada cidade sagrada dos Incas é Patrimônio Mundial da UNESCO e uma das sete maravilhas do mundo moderno. Mas tudo isso vira detalhe quando você pisa pela primeira vez nesse lugar com uma energia tão incrível que é difícil explicar em palavras. Para você saber mais a respeito, incluindo dicas importantes de acesso, preparei esse post contando como foi minha experiência visitando Machu Picchu.
Com a grande procura de viajantes pelo local o número de pessoas permitidas no sítio arqueológico mais famoso do Peru está limitado por dia. Por isso é preciso reservar o seu acesso antes de partir para lá, evitando o risco de não conseguir as entradas. Muitas empresas oferecem esse serviço junto com o deslocamento de trem de Cusco até Águas Calientes (cidade que fica na base de Machu Picchu) e hospedagem de uma noite nessa cidadezinha. É possível comprar o acesso em separado pelo site oficial e fazer as reservas em separado, mas o pacote acaba sendo mesmo a opção mais cômoda. Até porque ele já inclui também o ônibus que leva de Águas Calientes até a entrada do parque de Machu Picchu, caso contrário será mais uma preocupação sua ao chegar na pequena cidade que não tem muitos atrativos e serve mesmo só de base para subir até a grande atração turística do Peru. É recomendável dormir por lá para subir logo cedo, para ver o dia nascendo lá de cima que é especial e também para evitar os horários com muitos turistas. O passeio pode ser feito sozinho, mas recomendo pegar um dos guias do parque (eles oferecem visitas em grupo ou individuais) pois eles irão explicando tudo que você verá e ainda contando sobre a história e curiosidades locais. Outro lembrete importante é levar o passaporte ou carteira de identidade para entrar no parque – indico levar o passaporte e não deixar de carimbar com a entrada (isso é feito logo na entrada do parque com um carimbo que fica disponível para que cada um possa carimbar o seu próprio passaporte).
Machu Picchu é uma cidade pré-colombiana, construída no século XV, e impressiona por sua organização. Redescoberta em 1911 pelo professor norte-americano Hiram Bingham se tornou um dos pontos mais visitados da América Andina. Há relatos de pessoas que já tinhas “descoberto” a cidade anteriormente, mas de fato foi o professor quem percebeu a importância das ruínas escondidas pelo matagal causado pelo seu abandono. Do que vemos hoje apenas 30% são construções original, sendo todo o restante reconstruído por estudiosos. Mas isso não tira o encanto do local. Para diferenciar o que é original basta ficar atento ao encaixe das pedras que nos originais tem pouco espaço entre as rochas que são maiores que nas áreas reconstruídas. A cidade é dividida basicamente em duas partes: a Agrícola é formada por terraços e recintos de armazenagem de alimentos e a Urbana onde se destaca a Zona Sagrada com templos, praças e mausoléus reais. No meio das montanhas as estruturas estão distribuídas de maneira organizadas, abrindo ruas e aproveitando o espaço entre escadarias.
Por falar nas escadarias, associadas a altitude do local, são um desafio ao passeio. Ele leva horas e o trajeto irregular o torna um pouco mais cansativo. Lembre-se de usar roupas leves, levar água, usar repelente e bastante protetor solar. Mas as longas caminhas não são nada perto da grandiosidade do que está sendo visto. Há ainda trilhas (algumas com ingresso cobrado a parte) que levam o passeio a ficar ainda maior. É o caso da subida para Huaynapicchu, bastante cansativa e por isso só deve ser feita por quem está com boas condições, ou até a Montanha Machu Picchu. Ambas proporcionam uma vista belíssima da cidadela de Machu Picchu, mas além do tempo e do cansaço não sei se apenas a vista de lá vale o sacrifício, já que da cidade é possível ter uma vista espetacular já (Se alguém tiver feito uma dessas subidas deixe seu comentário aqui embaixo falando se vale a experiência).
Como eu disse, recomendo entrar no parque arqueológico bem cedo. Uma oportunidade de ver Machu Picchu do alto e contemplar o nascer do dia por lá, afinal dizem que a construção da cidade foi feita pensando exatamente em contemplar o Deus Sol. Existe até a Porta do Sol de onde se tem uma vista ampla da cidadela perfeita para apreciar esse momento. Mas existem outros pontos que merecem ser destacados, como Intihuatana, o famoso relógio de sol utilizado para registrar a passagem do tempo no ponto mais alto da cidade. A Porta de Acesso ao Setor Nobre, onde fica o Palácio Inca – refúgio do soberano. Ainda bem em frente a Praça Central ficam as Três Ventanas, que mira para o Putucusi (uma das montanhas sagradas), é era integrada ao Templo Principal, palco dos cultos mais importantes da era Inca. O Templo do Sol é facilmente identificado por ser a única construção circular de Machu Picchu. Está orientado para o solstício de inverno e ficava integrado ao complexo que incluía a principal fonte de água e o templo dedicado a Pachamama – mãe terra. Bem abaixo dele ficauma gruta que servia como mausoléo. Já o Templo do Condor tem uma pedra no solo que representa o corpo da ave, cuja missão para os Incas é conduzir os mortos ao céu. Os terraços eram usados para agricultura assim como mostra seu complexo sistema de irrigação para a época. A forma como a agricultura era feita em Machu Picchu é considerada muito avançada para a época e faz parte de diversos estudos.
Ficou curioso para conhecer Machu Picchu? A melhor época para visitar é entre maio e setembro (principalmente em junho e julho) que é a época que chove menos. Aproveite e faça a sua reserva de todos os hotéis em sua viagem pelo Peru através desse link. Dessa forma você estará ajudando a manter o Maior Viagem atualizado, sem pagar nada mais por isso.