Show de Ludmilla no The Town reabre debate sobre headliner brasileiro

Não é tradição nos festivais da Rock World, mas a cada apresentação brasileira que vira um dos assuntos mais comentados nas redes sociais o debate sobre headliner brasileiro é reaberto. Na primeira edição da nova aposta da empresa, o show de Ludmilla no The Town deixou claro que é hora de repensar a estratégia de sempre encerrar com uma atração internacional.

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No dia que foi o último a ter os ingressos esgotados, coube ao Maroon 5 encerrar a noite no palco principal. O grupo que é figurinha carimbada em edições de Rock in Rio fez um show recheado de hits, mas não o suficiente para ser o assunto mais comentado nas redes sociais.

Coube justamente a quem abriu o Skyline, às 16h, essa façanha. Ludmilla até agradeceu o público que lotou o espaço tão cedo para seu show. Com uma apresentação digna de headliner, com investimento de R$ 3 milhões, se tornou o assunto mais comentado no mundo no X (antigo twitter) durante duas horas e permaneceu entre trending topics durante mais de 5 horas.

Público lotou cedo o palco Skyline para assistir Ludmilla

Quem chegou cedo ao Autódromo de Interlagos para ver o show de Ludmilla no The Town não se arrependeu. Anunciado que o investimento foi pesado, a cantora saiu de dentro de um cofre dourado entoando seu ritmo “Hoje” com a certeza de quem faria história logo na primeira edição do The Town.

Passeando por diferentes ritmos, mostrou toda sua versatilidade em uma apresentação com banda e corpo de bailarinos gigantes. A apresentação teve a participação luxuosa de Lulu Santos com um dueto de “Toda Forma de Amor”, que ao lado do beijo que a cantora deu em sua esposa marcaram o show com as bandeiras do movimento LGBTQIA+. O público acompanha vibrando como quem conseguia ser surpreendido mesmo sabendo todo o investimento da cantora para sua estreia em um palco principal de festivais da Rock World.

Ludmilla beija sua esposa Bruna durante show no The Town

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Com o que promete ser a maior produção desta edição, a cenografia impressionante fez com que o palco precisasse ser reforçado para aguentar o peso. O figurino também acompanhou a performance, com direito a uma homenagem a Beyoncé, de quem a contar é fã declarada, usando um chapéu vermelho em uma das trocas de figurino. Ao fundo a banda estava em diferentes plataforma, interagindo com o cenário, enquanto os 30 bailarinos mostravam que as 150 horas de ensaio valeram para a sincronia perfeita.

Se quem estava na Cidade da Musica ficou impressionado com a super produção, o público que assistiu pela TV também teve tratamento especial da artista. Assim como as imagens que apareciam no telão do Skyline, a transmissão do show de Ludmilla no The Town contou com 13 câmeras a mais que as outras apresentações. Além do número, os ângulos especiais claramente ensaiados para o show deram ar de diva pop.

Com 13 câmeras exclusivas show de Ludmilla no The Town teve transmissão impressionante

O resultado foi tão impressionante que só confirmou que colocar Ludmilla para abrir as atrações do palco principal foi um erro. Os dois shows seguintes – Joss Stone e The Chainsmokers – estavam bem mais vazios. E mesmo lotado, Maroon 5 teve uma apresentação bem abaixo da carioca. Está na hora de pensar a possibilidade de um headliner bresileiro para as próximas edições.

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