Pink Money? Gloria Gaynor evita falar sobre público gay
Cantora fugiu de pergunta sobre identificação com público gay e eleições americanas
Atração dessa sexta (20/09) no Palco Sunset, Gloria Gaynor enfileirou uma série de hits disco em seu show e fez todo mundo cantar ‘I Will Survive’ no final. Se de cima do palco a identificação com o público gay, que marcou presença em peso na Cidade do Rock, foi imediata, nos bastidores a diva de 81 anos derrapou na entrevista e evitou falar com profundidade sobre assuntos da comunidade.
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A cantora que já se apresentou até na extinta Le Boy, conhecida boate gay do Rio em 1988, preferiu não responder sobre sua ligação com o público gay. Questionada sobre como se sente em ter uma de suas músicas como uma espécie de hino das drags, Gloria respondeu de forma seca: “Gosto de saber que as pessoas amam a minha música”.
Sem falar mais sobre um público que a apoiou durante toda a carreira, a artista que também é reconhecida por canções gospel disse que não importa qual seja a interpretação de suas letras, o importante é cantar com verdade.
Tive esse dilema (sobre cantar gospel e pro público LGBTQIA+) no início da minha carreira. Até que Deus me disse que queria que eu cantasse para as pessoas.
Se as respostas de Gloria já causavam estranhamento nos jornalistas presentes, quando foi questionada sobre as eleições americanas a artista novamente preferiu se isentar. “Nós temos voto secreto nos Estados Unidos e eu gosto disso”, se negando a comentar as falas homofóbicas de Donald Trump.
Pra finalizar, quando questionada sobre o movimento ‘Black Lives Matter’ (Vidas Negras Importam), Gaynor disse que prefere se juntar a um movimento que fale que todas as vidas importam. Deixando assim de lado toda a história de racismo por trás da séries de protestos que sacudiu os Estados Unidos em 2020 após a morte de George Floyd.