O que ver no Museu do Louvre
O Museu do Louvre, em Paris, não só é o museu mais visitado como um dos maiores do mundo. Para obrigatória para quem visita a capital francesa, o museu é muitas vezes parte da programação dos turistas em mais de uma viagem a Paris. Com tanta coisa interessante para ver é impossível conferir todo o museu de uma vez só (na verdade até mesmo em mais de uma visita), mas é um programa tão agradável que ninguém se importa de ter que voltar mais vezes. Para facilitar a sua visita, preparamos essa matéria contando um pouco sobre o local e mostrando o que ver no Museu do Louvre.
O museu recebe esse nome por estar instalado no Palácio do Louvre. O primeiro prédio construído no local, em 1190, era uma fortaleza fundada por Filipe II para defender Paris de ataques Vikings. Somente no século seguinte foi transformado em palácio, por ordens de Carlos V. Mesmo assim, o prédio original foi demolido por Francisco I e Henrique II para a construção de um novo palácio. As fundações da torre da fortaleza original estão sob a Sala das Cariátides. Foi sede do governo monárquico francês até o reinado de Luís XIV, responsável pelo início da transformação do local em museu ao ordenar a construção de uma galeria de esculturas. O prédio passou por diversas reformas e ampliação até se transformar no grande complexo que hoje é inteiramente dedicado a cultura. Em 1989 o Museu do Louvre passou por sua última grande reestruturação, quando os poucos órgão do governos que ainda funcionavam ali mudaram de lugar, abrindo mais espaço para exposições, e foi construída e famosa e controversa pirâmide de vidro de onde se faz o acesso principal.
O acervo do Museu do Louvre possui mais de 380 mil itens e mantém em exposição permanente mais de 35 mil obras de artes distribuídas em oito departamentos divididos em três alas: a Ala Sully a leste, onde estão as partes mais antigas do Louvre; a Ala Richelieu ao norte e a Ala Denon, que faz fronteira ao sul com o Rio Sena. Somando a área de toda parte interna, o museu ocupa cerca de 60 mil metros quadrados. Entendeu porque você não conseguirá ver tudo de uma única vez?
Um dos departamentos é dedicado a Arte Grega, Romana e Etrusca. Sua coleção começou a ser formada no tempo de Francisco I, principalmente com esculturas. Depois passou a receber vasos, erâmicas, marfins, afrescos, mosaicos, vidros e bronzes de toda a região do Mediterrâneo. Imperdível nessa parte são: A lindíssima Vitória de Samotrácia, escultura que representa a deusa grega Nice e ocupa local de destaque numa escadaria do Museu Louvre; a famosa Vênus de Milo, uma das estátuas antigas do mundo que mais desperta interesse do público, encontrada em 1820 por um camponês na Ilha de Milo; uma pequena estátua de 65cm encontrada no depósito do Museu de Auxerre (1907), provavelmente vinda de Creta, que é um dos mais importantes exemplares da estatuária grega arcaica, intitulada a Dama de Auxerre; as estátuas retrato de Agripa, Marco Cláudio Marcelo, e Marco Aurélio; a Diana de Versalhes, presente do Papa Paulo IV para o rei Henrique II em uma sútil alusão a amante do rei; o Gladiador de Borghese; o Apolo de Piombino; e o vaso Hércules e Afonso de Eufônio, oleiro e pintor de vasos gregos de 500 a.C.
O departamento de Arte Islâmica é o mais recente do museu, embora sua coleção de mais de 6 mil itens cobre 13 séculos de história da arte islâmica da Europa, Ásia e África. Vidros, metais, madeiras, tapetes, cerâmicas e miniaturas ajudam a contar um pouco da cultura islâmica. Os destaques dessa parte são: uma caixa de marfim da Andaluzia chamada Píxide de al-Mughira; O Batistério de São Luís, uma peça do período mameluco; fragmentos de Shahnameh, um poema de Ferdusi escrito em persa; e um vaso de metal da Síria intitulado Vaso Barberini.
O Museu do Louvre tem ainda um departamento dedicado as Artes Decorativas, tendo sido criado como uma subseção do Departamento de Esculturas. Este departamento cobre desde a Idade Média até meados do século XIX e apresenta obras confiscadas na Revolução Francesa oriundas da Basília de Saint-Denis, o mausoléu da monarquia francesa. As peças são exibidas no primeiro pavimento da Ala Richelieu e na Galeria de Apolo e dentre seus itens mais preciosos estão: a coroa de Luís XV; o cetro de Carlos V; bronze Nesso e Djanira de Giambologna; o Vaso Suger; a tapeçaria A caça de Maximiliano; a coleção de vasos de Sévres, amante do Rei Luis XV; e a decoração dos apartamentos de Napoleão III.
O departamento de Esculturas é um dos mais importantes do Louvre, já que a história do museu começou justamente com uma galeria desse tipo de obra de arte. Ele apresenta peças de escultura criadas antes de 1850 que não se enquadram no departamento de antiguidades etruscas, gregas e romanas. A coleção é tão extensa que parte do acervo foi transferido com a criação do Museu d’Orsay. Atualmente, as peças francesas estão expostas na Ala Richelieu, e as estrangeiras na Ala Denon. O conjunto de escultura da França oferece um painel amplo e farto desta modalidade de arte desde a Idade Média até meados do século XIX, com uma grande seção de retratos e bustos oficias. Já a Idade Média é ricamente ilustrada com fragmentos de arquitetura e estatuária sacra, com destaque para: a Tumba de Philippe Pot; o par representando Carlos V e Joana de Bourbon; a Tumba de Philippe de Chabot; a Fonte de Diana; e o magnífico conjunto de Madonnas góticas. Das obras mais recentes é possível apreciar trabalhos de Michelangelo, Giambologna, Lorenzo Bartolini, Jean Goujon, Germain Pilon, Louis Petitot, Edemé Bouchardon, entre outros.
Outra parte do Museu do Louvre que desperta muita atenção é o departamento de Pintura, segundo maior do mundo com quase 12 mil peças, sendo 6 mil delas em exposição permanente. Apesar de enfatizar a arte francesa, cerca de dois terços do total, a seções de pinturas do norte da Europa e da Itália são importantes. O conjunto começou a ser reunido por Francisco I, ainda no tempo em que o Louvre era uma fortaleza, com a aquisição de obras-primas de Rafael Sanzio e Michelangelo, além de ter atraído Leonardo da Vinci para a sua corte. A reorganização das coleções do museu na década de 80 dividiu o conjunto de pinturas, e as peças produzidas após 1848 foram transferidas para o Museu d’Orsay. O restante permanece exposto na Ala Richelieu, no Cour Carré e na Ala Denon. Das obras francesas os destaque são: a Pietá de Avignon de Enguerrand Quarton; o Retrato do Rei João, o Bom de Jean Fouquet; o Retrato de Luís XIV de Hyacinthe Rigaud; a Coroação de Napoleão e O Juramento dos Horácios de Jacques-Louis David; a Grande banhista de Ingres; e A Liberdade guiando o Povo de Eugene Delacorix. Das obras do Norte da Europa se destacam: O astrônomo e A rendeira Vermeer; a Nau dos Insensatos, de Hieronymus Bosch; a Virgem do Chanceler Rolin de Jan Van Eyxk; A Ceia de Emaús e o Autorretrato de Rembrandt; e o grande ciclo de pinturas sobre Maria de Médici de Rubens. Já entre as obras italianas são imperdíveis: o Calvário de Mategna; As bodas de Caná de Paolo Veronese; a Morte da Virgem de Caravaggio; e duas obras de Da Vinci, a Virgem das Rochas e a Mona Lisa, o quadro mais famoso do mundo e a obra mais disputada do Museu do Louvre.
Finalizando, a origem do grande departamento de Gravuras e Desenhos, com mais de 100 mil peças, está nas coleções reais. Está organizado nas seguintes seções: o antigo Gabinete do Rei e seus acréscimos posteriores; as gravuras em metal; e a grande doação de Edmond de Rothschild, com mais de 40 mil obras exibidas no Pavilhão de Flora. Em virtude da sensibilidade do papel à luz, apenas uma pequena parte desta coleção se encontra em exposição, e as peças são constantemente substituídas. Alguns autores importantes com obras em desenho ou gravura são Antoine-Louis Barye, Dürer, Leonardo da Vinci, Rembrandt, Jacques-Louis David, Jean-Baptiste Chardin, Fragonard, Ingres, Delacroix, Charles Le Brun, entre outros.
O Museu do Louvre fica aberto as segundas, quintas, sábados e domingos (09h às 18h), quartas e sexta (09h às 21h45) e fica fechado as terças. A evacuação das salas começa trinta minutos antes do horário de fechamento. Para evitar as longas filas na entrada é possível comprar o bilhete antecipadamente online (clique no link). A entrada custa 7 euros e além das coleções do Museu do Louvre dá acesso a exposições temporárias no mesmo dia e ao Museu Eugène-Delacroix em até 48 horas. A entrada gratuita acontece em todo o primeiro domingo do mês, entre outubro e março, e no dia 14 de julho. Para quem comprar o bilhete na hora o pagamento pode ser feito em dinheiro e cartão de crédito. Para compra online são aceitos apenas cartões de crédito.
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