Ex-paquita Lana Rhodes fala sobre assédio de Marlene Mattos: “Não era só ela”

No novo episódio do podcast Lugar Q Fala (veja a íntegra o final da matéria), a ex-paquita Lana Rhodes falou de algumas polêmicas sobre o documentário ‘Pra Sempre Paquitas’ do Globoplay. Além de voltar ao episódio da Paquita que teria entregue as colegas para a direção do programa, as artista surpreendeu ao comentar sobre o assédio moral de Marlene Mattos.

Apresentador do podcast, Beni Falcone começou a entrevista questionando quem foi a Paquita que entregou que elas estavam escrevendo um livro sobre os bastidores do programa. Um dos momentos mais polêmicos do documentário teve sua condução criticada por Lana.

É a maior denúncia dos anos 2000 e ficaram botando pano quente para a telegrameira (se referindo a quem teria mandando um telegrama para Marlene fazendo a denúncia).

Na sequência ela explicou que existe um acordo entre as paquitas que participaram da gravação de não revelar quem foi a pessoa, indicando que elas sabem a resposta (vale lembrar que Lana não faz parte da geração de ajudantes da Xuxa em que o fato aconteceu). Mas ressaltou que podiam ter falado o nome: “Podiam ter botado na roda, já estavam expondo todo mundo. Por que não expôs? Estavam protegendo a Paquita”, completou.

E é exatamente sobre essa exposição das pessoas que estavam envolvidas naquele universo que veio a parte mais surpreendente da entrevista. O documentário claramente coloca a diretora Marlene Mattos como uma grande vilã (neste caso sem se preocupar em expor), mas Lana de certa forma a defendeu.

Eu passei por aquilo tudo. Era muito duro e cruel, mas não gosto de apontar o dedo só pra diretora que a gente tinha. Isso era uma prática de direção da época.

Ela lembra que na época havia um descuido no trabalho com qualquer criança no meio artístico e chegou a destacar que somente na geração dela de Paquitas que houve alguma regulamentação, citando nominalmente Siro Darlan.

Lana fez questão de ressaltar que não era só Marlene que fazia assédio com as Paquitas. “Era uma cultura. A gente sofreu abuso de muitas pessoas ali dentro”, comentou. Ela chegou a citar um episódio em que chorou porque estava errando a coreografia e mentiu ao ser questionada de forma incisiva pelo coreógrafo. “Era um medo tão grande de voltar por lugar de onde eu vim que eu explodi daquela forma”, finalizou explicando.