Estudo alerta para desafios do diagnóstico de psoríase em pessoas pretas

Especialistas alertas que pessoas pretas levam até 3x mais tempo para o diagnóstico correto

Psoríase em pessoas pretas
A diversidade limitada de tons de pele em estudos clínicos dificulta o diagnóstico Crédito: Anna Shvets/Pexels

No Brasil mais de 2,6 milhões de pessoas convivem com a doença, mas o diagnóstico de psoríase em pessoas pretas ainda é um desafio clínico considerável que pode levar a subnotificação de casos. É desconhecido o número de pessoas pretas e pardas que podem estar vivem com esta condição há anos sem saber.

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Isso se dá pelo fato de ser uma doença mais facilmente identificada em pessoas brancas porque o eritema, que é a vermelhidão da pele, é mais aparente nesses indivíduos. “Na prática clínica observa-se que pessoas de pele preta, parda, asiática, entre outras etnias, levam até 3x mais tempo para o diagnóstico correto, o que pode representar décadas”, alerta o dermatologista Anderson Costa.

A diversidade limitada de tons de pele em estudos clínicos e a falta de treinamento na apresentação da doença em todos os tons de pele para profissionais de saúde são os principais obstáculos apontados pelo especialista.

Os principais sintomas da psoríase são prurido, dor, ardor, sensação de queimação, espessamento da pele e lesões que dificultam as atividades do dia a dia, a rotina do trabalho, os momentos de lazer e as relações sociais.

Para estimular o diálogo sobre esse tema a Johnson & Johnson acaba de divulgar dados inéditos do VISIBLE, estudo pioneiro que aborda a falta de inclusão e diversidade em ensaios clínicos.  Durante o estudo foram capturadas imagens de psoríase em placas moderada a grave nas seis classificações da escala para apresentar uma biblioteca abrangente de fotos reais de pacientes.

Segundo Anderson, as imagens apresentadas ajudarão na melhora da visualização das lesões e apoiar o treinamento dos profissionais de saúde na identificação em todos os tons de pele. Ele, inclusive, faz outro alerta importante. “Por falta de dados, o especialista pode acabar classificando a doença como leve, quando na verdade ela pode já estar na fase moderada a grave. Principalmente na pele preta, onde as lesões são menos aparentes”, finaliza.

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