Conhecendo um pouco da Floresta Amazônica no Peru
A Floresta Amazônica apresenta inigualável biodiversidade. É muito extensa, compreendendo territórios pertencentes a nove nações, porém duas detêm maior parte: o Brasil com 60% e o Peru com 13%. Ao viajar para o Peru é possível conhecer parte da floresta – a Reserva Nacional Tambopata. Não tivemos oportunidade de fazer esse passeio ainda, mas pedimos para a Gerente de Operações da Intiways Travel, Lia Petruccelli contar um pouco sobre o local, que pode ser acessado a partir de Lima ou Cusco.
A Reserva Nacional Tambopata está localizada no departamento de Madre de Dios, na Amazônia Peruana, a mais ou menos uma hora e meia de Lima por avião. Tambopata, com mais 1,5 milhão de hectares, é a maior reserva da Floresta Amazônica Peruana. Para chegar ao local, existem três opções, a primeira é pegar um voo de Lima até a cidade de Puerto Maldonado. A segunda opção é ir de avião em um voo de aproximadamente trinta minutos, partindo de Cusco. A última é ir por terra, pela rodovia Interoceânica que conecta a cidade de Rio Branco, no Brasil a Puerto Maldonado. Chegando à cidade, você tem que ir de carro por uma estrada até chegar a um povoado com um nome bem estranho: Infierno (ou Inferno em português). De lá, você vai de lancha até chegar a Tambopata.
A reserva é famosa por ser um hotspot de biodiversidade, o que significa que é uma zona com uma enorme variedade de espécies de fauna e flora e um alto nível de endemismo. São mais de dez mil espécies de plantas, 600 de aves, 200 de mamíferos, mil de borboletas e uma infinidade de insetos. Isso sem falar nos répteis e peixes. O lugar é ideal para a prática do birdwatching, ou observação de aves, principalmente nos meses mais chuvosos (novembro e dezembro).
Algo que sempre chama a atenção dos turistas são as Collpas, bancos de terra usados pelos animais para se alimentar. Alguns especialistas afirmam que eles comem barro para ingerir minerais e dessa forma, podem completar a alimentação. Outros dizem que é através da ingestão do barro que os animais conseguem neutralizar os efeitos tóxicos de algumas plantas. As espécies mais vistas nesses lugares são araras, papagaios, periquitos, macacos, veados, antas e capivaras.
Existe um sistema de pontes pêndulas que atravessa grande parte da floresta. Caminhando pelas pontes, localizadas a mais 43 metros de altura, você tem uma visão completa da zona, além de poder observar animais que vivem no alto das copas das árvores. Se você tem medo de andar pelas pontes não se preocupe, porque esse é um dos sistemas mais seguros do mundo.
Outra forma de conhecer a floresta é fazer caminhadas durante a noite, pois a maioria dos animais têm hábitos noturnos e só é possível vê-los depois do anoitecer. Existem guias especializados nos passeios noturnos, que conhecem as espécies e que sabem qual a melhor forma de encontra-las. Os principais conselhos para os tours durante a noite são: não se afaste do grupo, não toque plantas ou bichos (você poderia ser picado por algum inseto), não ligue o flash da sua câmera para não incomodar os animais e pergunte antes ao seu guia se você tem que levar a sua própria lanterna, ou se ele oferece ao grupo.
Outra atividade noturna realizada em Tambopata é a busca de jacarés. Os grupos saem de barco durante a noite a procura do animal. Quatro das seis espécies de jacarés existentes podem ser encontradas na reserva: o jacaré-açu, o jacaré-tinga, o jacaré-coroa e o jacaré-anão.
O Lago Sandoval, considerados por muitos como o mais bonito da Amazônia, está a 15 minutos de canoa descendo o rio Madre de Dios, dentro da Reserva Tambopata. O lago é um reduto da biodiversidade, com mais de mil espécies. Você pode fazer um passeio de barco pelo lugar ou subir a uma torre de observação. Outra vantagem do lago é que ele não recebe turismo massificado e por isso, está bem preservado.
Existem também muitas comunidades indígenas que vivem dentro da reserva. Elas tentam preservar os seus costumes ancestrais, ao mesmo tempo em que se adaptam ao turismo ecológico realizado na região. A convivência com esses povos beneficia o turista que visita Tambopata, pois os habitantes locais conhecem a floresta como ninguém e são ótimos guias. Eles também alugam os barcos construídos pelas comunidades e dão aulas de arco e flecha.
Artigo cortesia de Intiways Travel
Pedro
Muito top mano