Carne de qualidade no Jardim Botânico

Aproveitando que uns amigos de Belém estavam no Rio, fomos almoçar no Rubaiyat Rio que fica em frente à entrada do Jardim Botânico, no bairro de mesmo nome na Zona Sul da cidade. O restaurante tem filiais na Argentina, Chile, Espanha e México. Aqui no Brasil conta com cinco filiais, sendo três em São Paulo, uma em Brasília e a do Rio que fomos conhecer.

Localizado no coração do Rio de Janeiro, com vista para o Cristo Redentor e as palmeiras-imperiais do Jardim Botânico, o Rubaiyat Rio exalta a beleza da cidade em seu projeto arquitetônico. Dispondo de 240 lugares, o restaurante conta com um salão de eventos anexo com capacidade para até mais 120 pessoas e ainda possui acesso exclusivo e estacionamento.

Há 57 anos, Belarmino Fernández abriu o primeiro Rubaiyat em São Paulo, e desde então se tornou um dos mais conhecidos restaurateurs da América Latina, com numerosos prêmios em sua trajetória. Os restaurantes oferecem a melhor tradição da culinária brasileira e espanhola, baseada no conceito “Da fazenda ao prato”. Adquirida em 1968 e adaptada para a criação de gado de raças premium, a Fazenda Barra Dourada, pertencente ao Grupo Rubaiyat, fica no município de Dourados, no estado do Mato Grosso do Sul, e ocupa uma área de 10.000 hectares.

Como era um domingo, fizemos reserva para 12h30 e ao chegar o salão ainda estava relativamente vazio. Porém em questão de uma hora já estava com lotação esgotada. Então, se não quiser aguardar muito tempo em uma fila de espera, aconselho fazer reserva para até 12h30 – horário máximo permitido para reservas – ou chegar cedo. Ressalto que ao fazer a reserva pelo telefone imediatamente recebi a confirmação pelo e-mail e após a ida ao restaurante, recebi outro e-mail para responder à uma breve pesquisa de satisfação. Achei isso uma atenção a mais, mostrando a preocupação do restaurante com seus clientes.

O salão interno é bem amplo, com um bar muito bem equipado. Apesar do sol e céu azul, não estava muito quente no primeiro dia de outono, então optamos por uma mesa na varanda, que é virada para a pista do Jockey, onde se encontram algumas mesas. Nossa vista não poderia ser melhor, pudemos almoçar com vista do Corcovado e Cristo Redentor e ainda tivemos a oportunidade de ver uma corrida de cavalos acontecendo no Jockey às 15h.

De início pedimos o couvert que é cobrado por pessoa (R$ 19,80), porém reposto à vontade. O couvert servido oferece variedade de pães caseiros servidos pelo garçom em uma cesta: pão de abóbora, de beterraba e de nozes são algumas das opções a escolher. Além disso, servidos e repostos focaccia e pães de queijo. Sinceramente, um dos melhores pães de queijo que eu já comi na vida, tanto o maior mais aerado como o menor mais compacto. Ainda no couvert azeitonas, caprese de muçarela de búfala e tomate cereja, linguiça de chorizo, manteiga e patê de funghi em cubinhos. Mais tarde observei que algumas mesas também tinham recebido salmão defumado no couvert.

Para acompanhar optamos pelo clericot – sangria de vinho branco – que serviu muito bem 4 pessoas. Nos foi servido de entrada o carpaccio de funghi: lâminas finas de cogumelos e o steak tartar que foi feito na hora, na nossa frente. Achei isso o máximo! Ambas entradas vieram acompanhadas de torradas e combinaram muito bem com os pães do couvert. Um destaque para o steak tartar que para meu paladar estava perfeito.

Depois de colocar o papo em dia com os amigos de Belém, resolvemos pedir o prato principal. Além das consagradas carnes da Fazenda Rubaiyat, o cardápio também traz os clássicos do Figueira Rubaiyat, ícone da gastronomia em São Paulo que oferece o melhor da cozinha mediterrânea. Inclusive, no Oyster Bar são preparados pratos com frutos do mar, como ceviches, carpaccios e tartars.

Eu optei pela Fraldinha (R$ 102) para dividir com mais um, já que tínhamos comido o couvert e as entradas. A fraldinha foi servida na chapa e ao ponto que pedimos, super macia e acompanha as batatas Rubaiyat souflée. Na mesa também foi pedido a Picanha Summus exclusiva do Rubaiyat (R$ 109) também acompanhada das batatas Rubaiyat souflée e aspargos grelhados e o Baby Lamb: costelinhas de cordeiro grelhadas com batatas assadas à provençal (R$ 111), porém foi pedido extra para acompanhar um purê de batata baroa. Para acompanhar as carnes três tipos de “molhos” servidos de forma bem apresentada em panelinhas: sal grosso, cebolas cozidas com azeite de ervas e molho chimichurri. Para quem não quer comer muito ou não tem opção de dividir, existe o corte petit, que é perfeito para quem quer uma peça menor de carne.

Sabe aquela máxima de que sempre resta um espacinho no estômago para a sobremesa? Pois é, foi o que aconteceu dessa vez e pedimos a cocada com sorvete de cachaça e a sopa fria de morango com sorvete de chocolate branco (ambas R$ 27). A cocada estava deliciosa e o sorvete de cachaça tinha realmente um gostinho de cachaça, o que não é muito comum nesses sorvetes que misturam álcool em seu sabor.

Se você não conseguir espaço para a sobremesa ou quiser apenas um café, prepare-se que ele vem acompanhado de uns mimos doces como: doce de leite, trufa de chocolate, brownie e tiras cítricas açucaradas.

Ficamos muito satisfeitos com a recepção, com os pratos que experimentamos e foi uma ótima opção para levar meus amigos de Belém que adoram um bom restaurante quando vêm ao Rio. Agora quero voltar em um sábado para provar a feijoada da qual já ouvi muito boas recomendações.