Belgian Beer Weekend: Festival de cerveja em Bruxelas
A Grand Place, símbolo da cidade de Bruxelas, se transforma em um imenso bar de cervejas no primeiro fim de semana de setembro. É o Belgian Beer Weekend, festival que reúne milhares de pessoas na praça – para degustar centenas de rótulos de dezenas de marcas de cerveja, como Stella Artois, Leffe e Tripel Karmeliet.
Neste ano, a festa acontece nos dias 01, 02 e 03 de setembro. Quem já foi, sempre volta. O Belgian Beer Weekend inclui cerimônias na catedral e na prefeitura, mas é o lado “interativo” do evento que atrai milhares de amantes de cerveja para a Grand Place, onde cervejarias belgas de todos os tamanhos terão bancas. Haverá também um desfile de carrinhos de cervejaria históricos e de carros de cerveja.
Das culturas com tradição em produzir cerveja – as chamadas escolas cervejeiras – a belga é a mais completa. Não se atrela a limites e restrições como a alemã, que há mais de 500 anos só pode usar quatro ingredientes na cerveja. É muito mais criativa do que a inglesa, baseada em variações de duas grandes correntes: porter e bitter. E suas receitas são originais, ao contrário das americanas – que são, em geral, releituras de fórmulas das outras três escolas. Claudio Oliveira, sócio da Cervejolândia, organiza viagens para brasileiros que querem conhecer um pouco mais da enorme variedade de cervejas belgas. Para simplificar, Claudio dá dica sobre alguns tipos de cerveja feitos na Bélgica para quem pretende aproveitar o festival.
Também conhecida por farmhouse ale, a Saison é um estilo bastante rústico, tradicionalmente para consumo próprio por fazendeiros da Valônia (Bélgica francesa) com os ingredientes disponíveis. Pode ser seca ou adocicada, clara ou escura, leve ou potente. A pilsen, como ocorre no mundo todo, é o estilo preferido da população – e, consequentemente, o mais vendido. A Stella Artois é uma perfeita representante do jeito belga de se fazer pilsen. A Lambic, cuja fermentação ocorre espontaneamente com micro-organismos presentes no ar, provocam o surgimento de sabores ácidos. A adição de frutas é bastante comum e o sabor da cerveja vem impresso no rótulo: kriek (cereja), framboise (framboesa), cassis, pêche (pêssego) e até banana.
As cervejas de abadia, correspondem aos estilos de cerveja tradicionalmente feitos por monges – em particular a blond ale, a tripel e a dubbel. Têm aromas de frutas e especiarias e são, geralmente, bem alcoólicas. Importante não confundir com as cervejas trapistas, já que esta classificação não diz respeito ao estilo da bebida, mas a um selo concedido para 11 mosteiros cistercienses em cinco países. A Biére brut é a cerveja que passa por uma segunda fermentação dentro da garrafa, com as leveduras e o processo usados para a Champagne. O resultado é uma bebida de carbonatação fina, aromas semelhantes ao do vinho espumante e teor alcoólico em torno de 12%. A marca DeuS é o símbolo máximo desse estilo delicioso e sofisticado. Finalizando a Witbier é a refrescante cerveja de trigo belga, feita com a adição de frutas e especiarias, um bom exemplo é a Hoegaarden.
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Johnnie Lustoza
Excelente matéria. Você mostrou que a Bélgica é muito mais que batata frita e chocolates (não que esses dois sejam ruins) em termos de alimentos e bebidas. Cheers