5 bibliotecas majestosas ao redor do mundo
As grandiosas bibliotecas impressionam não só pelo vasto acervo, mas também por sua arquitetura imponente. Local de visitação por muitos turistas, selecionamos com auxílio da Royal Holiday, cinco bibliotecas para incluir no roteiro ao visitar Buenos Aires, Berlim, Praga, Nova York e Rio de Janeiro.
A Biblioteca Nacional Mariano Moreno é a maior da Argentina e está diretamente ligada à história do país, com um acervo que reflete cada grande mudança política e social. Localizada no sofisticado bairro de Recoleta, o prédio segue a linha arquitetônica brutalista, com concreto reforçado exposto e formato que lembra uma escultura – foi erguido no terreno do antigo palácio presidencial onde moraram Juan e Evita Perón, e onde esta veio a falecer e virar uma lenda. O parque no nível térreo foi preservado e os andares são suspensos por quatro pilares, assim a sala de leitura principal com imensas janelas de vidro tem vista para o porto e para o Rio da Prata. A biblioteca conta com 21 livros raríssimos, ou parte deles, como uma folha da Bíblia de Gutenberg de 1450 e duas obras inteiras de autoria de São Tomás de Aquino, datadas de 1476.
A Berlin State Library possui mais de 11 milhões de livros, dos quais 200 mil são raros e quase 4,5 mil são raríssimos, além de 13,5 milhões de imagens, 1 milhão de mapas, 60 mil manuscritos ocidentais e orientais. Não são só esses números que impressionam, a grandeza está refletida na resistência do prédio ao impacto das duas guerras mundiais, sobrevivendo a tantos danos, negligência, divisão, unificação e recriação. Atualmente, o prédio bombardeado em Haus Unter den Linden, um verdadeiramente palacial estilo neobarroco, conta com um gigantesco cubo de vidro marcando o local da explosão sob a sala de leitura principal. Considerando os esforços realizados para salvar as obras, os visitantes podem e devem se sentir privilegiados em ter acesso a uma biblioteca tão única.
A National Library of the Czech Republic é de uma beleza barroca espantosa, já tendo sido considerada uma das mais majestosas do mundo. Com a sede principal alocada no complexo de prédios Klementinum, ocupa pouco mais de 2 hectares do centro histórico de Praga. Metade do acervo de 6,5 milhões de livros fica no edifício, ricamente decorado do piso ao teto de 1578 a 1726 e que tem afrescos pintados por Jan Hiebel, prateleiras ornamentais e antigos globos valiosíssimos. Acessível por um anexo classicista concebido por Matthias Hummel está a Mirror Chapel, uma capela atualmente utilizada apenas para fins seculares que conta com um número substancial de espelhos, além de pinturas, mármores, decoração em gesso com detalhes banhados a ouro e mais afrescos de Hiebel. Concertos e exposições ocorrem no local. A coleção de manuscritos da biblioteca inclui itens doados pelo Imperador do Sacro Império Romano Charles IV em 1366, assim como papiros gregos; o Código de Vyšehrad, evangelho latino de 1085; o manuscrito Passional of the Abbess Kunhuta de 1312; a Bíblia de Velislav de 1325. O Mozart Memorial oferece várias obras para consultas relacionadas ao músico. Visitar este lugar é como caminhar pelas bibliotecas particulares de reis e rainhas de outrora.
Talvez a mais famosa, a New York Public Library conta com uma rede de prédios espalhados pela cidade, sendo o mais famoso deles o localizado na 5ª Avenida, no palácio Stephen A. Schwarzman. Facilmente confundida com um museu, com seus leões de bronze batizados de Paciência e Fortaleza guardando a entrada principal, a biblioteca tem sólida fachada de mármore. O mais famoso salão de leitura é o Rose, as imensas janelas deixam a luz do sol entrar e a iluminação apropriada para leitura é provida por mais de 20 monumentais lustres antigos e sofisticados. A entrada para a sala de catálogo é outra obra de arte, com painéis de madeira em toda a parede e postes de iluminação estilizados de cada lado da imensa porta com uma pintura barroca no topo. O prédio foi transformado em Marco Histórico Nacional em 1966 e seus mais de 12 quilômetros de prateleira também guardam 15 milhões de itens, incluindo manuscritos medievais, papiros japoneses, a cópia mais antiga de Nican Mopohua de 1531 e duas cópias da primeira edição de Comedies, Histories and Tragedies de Shakespeare, datadas de 1623.
O acervo da Biblioteca Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro, foi iniciado para substituir a Livraria Real, consumida pelo incêndio que ocorreu após o terremoto de 1755 em Lisboa, Portugal. As primeiras 60 mil peças, incluindo livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas, chegaram ao Rio de Janeiro junto com D. João VI, em 1808. Quando a Família Real voltou ao país de origem, levou de volta os manuscritos da Coroa. Mas com aquisição de coleções particulares, compras em leilões e doações, inclusive por D. Pedro II, atualmente o acervo chega a 416,5 mil peças e está exposto em um elegante edifício com estilo eclético, no qual se mesclam elementos neoclássicos e de art nouveau com estruturas de aço, tombado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1973. Grandes painéis e estátuas, de autoria de renomados artistas de suas épocas, decoram o salão principal de leitura e a Galeria da Presidência. Entre as preciosidades da biblioteca, estão um pergaminho do século 11 com manuscritos em grego sobre os quatro Evangelhos; Bíblia de Mogúncia de 1462; Crônica de Nuremberg de 1493; Bíblia Poliglota de Antuérpia de 1569; primeira edição de Os Lusíadas de 1572; primeiro jornal impresso do mundo de 1601.
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