Entrevista: Clara Davies e Roberto Bitelman – criadores do selo SUL Hotels
Clara Davies e Roberto Bitelman são empresários com grande bagagem no segmento de viagens personalizadas e hotelaria independente, com ênfase na América Latina. Por 10 anos, Roberto esteve à frente da parte comercial de uma operadora de viagens sob medida, focada em experiências sofisticadas pelo continente. Clara, por sua vez, construiu sua carreira na hotelaria, passando por alguns dos principais ícones da hotelaria independente no Brasil, focados em oferecer experiências marcantes. Juntos criaram o SUL (Small & Unique Lodgings) Hotels, um selo de hotelaria especializado em América Latina que indica os melhores destinos e hotéis do continente.
MV: Como surgiu a ideia de criar a marca SUL Hotels?
C/R: Ao longo de tantas viagens nas nossas vidas profissionais, percebemos que, apesar do considerável número de hotéis e barcos de pequeno porte que oferecem serviços e estrutura excelentes na América Latina, era difícil reuni-los em um grupo selecionado. O SUL Hotels nasceu com o objetivo de juntar essas melhores opções, tornando-se uma referência para quem procura experiências inesquecíveis neste multifacetado pedaço de terra que é a América Latina.
MV: Por que a América do Sul foi escolhida como primeiro continente para a marca?
C/R: Queremos ser especialistas em uma parte do mundo apenas e sermos referência por isso. Enquanto as agências de viagens e operadoras de turismo precisam saber um pouco de cada cantinho do mundo, tentamos saber muito somente desse pedacinho do mundo. A América Latina foi escolhida como nosso recorte geográfico desde o começo pelo conhecimento que já havíamos adquirido dessa região, além da nossa paixão e por acharmos que o turismo por aqui ainda tem um potencial enorme para ser promovido como destinos de luxo e experiência.
MV: Qual seu destino preferido na América do Sul e por quê?
C/R: É difícil escolher apenas um, existem tantas opções e tão diferentes. A América do Sul é rica e muito diversa. Temos vários preferidos, mas certamente o Peru tem por trás um mix de natureza, história e cultura que é único.
MV: E no Brasil?
C/R: Temos um carinho especial pela Chapada Diamantina, por ser um lugar de natureza exuberante e muita história escondida.
MV: Como funciona o processo de seleção e escolha dos hotéis da curadoria?
C/R: Entre os critérios de seleção estão: propriedades pequenas e intimistas, que possuem gestão independente e apresentam um excelente serviço, com atenção aos mínimos detalhes. Possuem localização única do ponto de vista natural e/ou cultural, e estão instalados em ambientes em total sintonia com esses locais. Através dessas características, o selo reúne hotéis em que o luxo se encontra na simplicidade e onde o viajante realmente possa viver uma imersão no destino através de experiências autênticas.
MV: Qual perfil do viajante que procura os hotéis da marca?
C/R: Basicamente são viajantes exigentes que valorizam uma experiência genuína, sem abrir mão de muito conforto. Também identificamos que são pessoas muito viajadas e que possuem todo o passaporte carimbado, mas agora buscam experiências mais transformadoras e querem fugir do comum.
MV: Uma dica para o leitor do Maior Viagem no momento da escolha de um bom hotel (em geral).
C/R: O “bom” é muito subjetivo e vai de acordo com o seu perfil, budget e outros detalhes. Por isso, consideramos o trabalho de um consultor de viagens tão importante na hora de personalizar roteiros e transformar.