Aplicativo facilita vida de turista com problema de mobilidade

Recentemente noticiamos sobre as iniciativas que a Alemanha está fazendo para tornar o turismo do país mais acessível. Infelizmente sabemos que a realidade brasileira está longe do ideal, embora seja previsto por lei a garantia ao acesso livre a pessoas com dificuldade de mobilidade. Mas uma iniciativa promete ajudar não somente a esse turista conseguir se deslocar com mais facilidade, como indiretamente acabar sendo uma forma de cobrar mais acessibilidade. O aplicativo Livrit, apoiado pelo programa de aceleração da Cisco, é uma ótima ferramenta para quem precisa se deslocar pelo Rio mas tem dificuldade de mobilidade.

Criado para traçar rotas paras os principais pontos turísticos da cidade, além de apontar sobre a acessibilidade dessas atrações e de outros estabelecimentos, o aplicativo funciona como uma espécie de Google Maps adaptado para esse público. A ideia é facilitar o acesso a informação através de um mapeamento da cidade que destaca, por exemplo, se há ou não rampas nas calçadas ao longo do caminho e até mesmo se são adequadas. Com isso, o turista cadeirante poderá saber qual a melhor alternativa para chegar a um determinado local.

Atualmente com verão apenas para o Google Play, e focado na cidade do Rio de Janeiro até por conta da proximidade com os Jogos Paralímpicos, a ideia do Livrit é se tornar referência e expandir para outras cidades do Brasil. Segundo o CEO da startup, Francisco Viniegra, o objetivo é cobrir no mínimo as principais capitais do país. Ele afirma ainda que já está em negociação para a disponibilização do aplicativo também para Iphone.

O grande diferencial desse aplicativo é que não se resume apenas a falar da acessibilidade de uma atração turística ou estabelecimento, mas mostrar rotas para o turista chegar até o local. Seja mapeando por onde ele terá mais facilidade de acesso na rua, até qual o transporte público acessível que ele deve usar para chegar ao local. Existe também, segundo Francisco, a ideia de não se preocupar apenas com o cadeirante, embora esse seja o público alvo inicial, mas também com outros turistas com problemas de mobilidade: gestantes, obesos, anões e terceira idade.

O mapeamento é feito de forma colaborativa, ou seja, o aplicativo é aberto para que os próprios usuários consigam inserir informações que irão ajudar os próximos que irão utilizar. Para o desenvolvimento e implementação do projeto, a parceria com a Cisco é de extrema importância segundo Viniegra: “A apresentação junto as autoridades e responsáveis pelos lugares foi facilitada com a chancela da Cisco, além disso eles nos disponibilizam a estrutura física e tecnológica necessária para a implementação do projeto”.

Uma iniciativa bem bacana que irá facilitar a mobilidade urbana para os turistas com necessidades especiais e poderá inclusive enriquecer o debate da necessidade de aceleração no processo de tornar as cidades mais acessíveis.