Retrospectiva traz muita poesia ao Museu de Arte do Rio

A exposição “O poema infinito de Wlademir Dias-Pino”, aberta no começo do mês no Museu de Arte do Rio (MAR) traz ao conhecimento do público a obra de um dos mais significantes artistas do Brasil.

A mostra reúne mais de 800 peças entre livros, cartazes, objetos, fotografias, desenhos, vídeos e instalações para contar a história de quase 90 anos de vida de Wlademir Dias-Pino. Há poemas dobráveis e remontáveis, poemas formados por combinações numéricas e gráficos matemáticos, e poemas sem palavras, compostos apenas com imagens.

Ainda que seja pouco conhecida do grande público, a obra desse poeta e artista visual ganha uma apresentação à altura de sua amplitude e de sua importância na história da literatura, das artes plásticas e do design gráfico no Brasil.

Nascido em 1927, Dias-Pino fundou um movimento pioneiro de poesia experimental na Cuiabá dos anos 1940, o intensivismo. Foi um dos seis poetas participantes da Exposição Nacional de Arte Concreta de 1956, ao lado de autores como Augusto e Haroldo de Campos e Ferreira Gullar. Na década seguinte, liderou vanguardistas de todo o país no grupo Poema/processo. Hoje, aos 89 anos, continua a produzir em sua casa, no Rio, trabalhos que desafiam limites entre gêneros, como a “Enciclopédia visual’’, série de centenas de colagens que revê a história das imagens na cultura ocidental e será exposta no MAR pela primeira vez.

Organizada como um percurso cronológico pelas sete décadas da obra de Dias-Pino, a exposição pretende “fixar a dimensão correta de sua obra na história da arte brasileira”, conforme define o curador da mostra, Evandro Salles.

A exposição fica em cartaz até 05/06/2016.

 

Endereço:

Praça Mauá, 5, Centro – Rio de Janeiro/RJ

(21) 3031 2741

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