Como conhecer a Muralha da China
Nenhuma visita a Pequim está completa sem conhecer a Muralha da China. Certamente foi um dos lugares mais impressionantes que já visitei, daqueles que a gente chega a ter dificuldade em acreditar que está conhecendo. Mas para curtir esse lugar incrível é preciso ficar atento a alguns detalhes para fugir de situações que podem acabar fazendo da visita um passeio não tão agradável.
Antes de falar um pouco sobre as dicas de como conhecer a Muralha da China, é preciso entender um pouco mais sobre esse grande (literalmente) ponto turístico chinês. Primeiro, esqueça aquele papo que ela pode ser vista da Lua (isso é história contada para gerar ainda mais curiosidade, como se precisasse). Mas nem por isso a Muralha da China perde a sua grandiosidade. Apesar de ter sido construída para proteger o Império Chinês de invasão de grupos nômades, em especial os Mongóis, na verdade na época de sua construção – durante o Império Qin – a China não corria qualquer perigo em relação aos vizinhos do norte. Por isso, a ideia vendida na época era de que se tratava de uma construção pensando no futuro, porém o alto número de perda de vidas humanas para que a Grande Muralha fosse construída torna essa obra algo impensável. De fato, além da obsessão do imperador por obras faraônicas, a construção da Muralha da China serviu de fato para dar emprego aos milhares de soldados que estavam sem utilidade depois que a formação do Império pôs fim a guerra entre os Estados. Além disso, além da utilização dos solados como mão de obra para a construção, depois que ela ficasse pronta os solados seriam aproveitados em toda a sua extensão para garantir a segurança.
Fato é que a famosa muralha foi construída, entre 220 e 260 a.C., e acabou servindo mais como controle de fronteira, permitindo a imposição de direito sobre mercadorias transportadas na famosa Rota da Seda. Porém, foi na dinastia Ming – por volta do século XV, que a Muralha da China teve se esplendor e assumiu o aspecto atual e seus sete mil quilômetros de extensão. Acredita-se que foram usados um milhão de pessoas para a sua construção ao longo de todos esses anos, entre solados, camponeses e prisioneiros; e que 80% teriam morrido por causa da má alimentação e do frio.
Por não se tratar de uma estrutura única, as características da Muralha da China variam de acordo com a região. Perto de Pequim os muros foram construídos com blocos de pedra e calcário. Em geral apresenta sete metros de altura e seis metros de largura. Além do muro em si, torres de observação foram construídas para a vigilância. Estima-se que sejam quarenta mil torres em toda a sua extensão. O trecho mais próximo de Pequim é Badaling, mas até por isso é o mais cheio de turistas e eu aconselho evitar. Existe um outro trecho, um pouco mais afastado da capital chinesa, mas que vale a pena. Mutyanu é bem mais tranquilo, mesmo em épocas cheias como o verão (e olha que fui em plena Olimpíada de 2008 – como podem ver que estou bem mais novo nas fotos).
Aconselhado por um amigo que morava na China, fugi das excursões, que normalmente levam para Badaling, e peguei um carro particular com motorista até Mutyanu. Como escolhi? Fui com esse amigo na Cidade Proibida e ficamos escolhendo entre os milhares que oferecem o serviço por ali. Mas uma dica, caso você não tenha um amigo que more em Pequim e fale Mandarim, é pesquisar a respeito desse serviço na internet mesmo. A ida até a muralha foi já uma aventura, porque diferente da pessoa que vendeu o serviço (que já tinha um inglês fraco), nosso motorista não falada nada de inglês. Como me virei? Depois de quase um mês em Pequim você consegue aprender, sabe se lá como, a se comunicar. Mesmo que isso signifique nem usar o inglês mais (risos).
Ou seja, foi muito bom ir até Mutyanu, que fica a 65km de Pequim. Primeiro por ser menos cheio, depois por ser considerado um dos pontos mais bonitos da Muralha da China, e, para finalizar, porque além de tudo que a Muralha oferece de bonito ainda é uma aventura. Isso porque para chegar ao alto você pega um teleférico. Mas o melhor mesmo é a descida, que eu aconselho fazer no tobogã. É uma experiência diferente e super divertida. Mas quem tiver medo pode voltar pelo teleférico também. Entre o estacionamento e o local onde pegamos o teleférico uma espécie de feirinha vende uma série de produtos e souvenirs locais. Ótimos preços garantem a festa de quem quiser levar uma lembrança. Mas vale sempre lembrar que você está na China, por isso nunca aceite o primeiro preço (mesmo que já seja barato). Negociar o valor faz parte da cultura local e chega a ser até divertido.
Certamente você voltará dessa experiência com muita história pra contar. Afinal, você terá visitado uma das novas sete maravilhas do mundo. Aproveite essas dicas de como conhecer a Muralha da China e boa viagem. Ah, outra dica super legal é se manter conectado o tempo todo da viagem (isso ajudará muito na China). Por isso peça através desse link o seu chip internacional e receba em casa, ainda no Brasil, com toda a comodidade. Não esqueça de pesquisar e fazer a sua reserva de hotel através desse link também. Você garante o melhor preço e ainda ajuda a manter o Maior Viagem sempre com dicas interessantes.
Bernadete
Ola, fui nas muralhas esse ano em fevereiro e adorei, fomos de excursão e nos pegaram no hotel, paga-se antes e fui na parte rustica e o teleférico é fechado, um bondinho de 4 lugares…vale muito a pena a segunda opção vocês vão conhecer o lado original da construção o lado turístico já foi transformado…2017